quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Dragon Age: um longo texto sobre uma pequena obsessão

Nos últimos meses tenho andado longe do Blog. Algumas coisas interferiram nesse quesito, sendo a principal excesso de trabalho no final de ano e, secundariamente, uma pouco saudável obsessão por Dragon Age.

Dragon Age é um jogo que adorei desde o primeiro. Coloquei umas 150 horas no primeiro jogo, que terminei no PC jogando com um guerreiro anão (o famoso tanque).

Anões aguentam a porrada e têm uma das sociedades mais interessantes no universo de Dragon Age. A animação do anãozinho subindo no pescoço do Dragão para matá-lo é impagável!


Demorei para jogar o Dragon Age 2 pelas críticas negativas que recebeu. Acabei ganhando esse jogo no PC, que foi o suficiente para me deixar curioso. A natureza mais dinâmica do combate me fez ver que o design do jogo era pensado para consoles. Como a versão de PC não aceitava controle, acabei pegando o jogo no PS3 e gastei ali mais umas 80 horas nesse meio de ano.

Jogando com o Mago percebi melhor a complexidade que esses personagens têm: temidos pelas pessoas de Thedas (por um bom motivo, são os responsáveis pelo surgimento dos Darkspawn) eles são enjaulados em torres, controlados e privados de tudo. É meio o que se pretende fazer com os mutantes de X-Men, mas aqui a proposta virou realidade

Admito que Dragon Age 2 não é perfeito (cenários são deprimentes), mas o combate e o sistema de lvl up me mantiveram ali até o fim. Dessa vez fui com um mago especializado em cura, e a diversão também foi grande.


Dragon Age 2 se passa inteiro na cidade de Kirkwall. Mesmo a sensação de claustrofobia nesse cenário cinza não conseguiu tirar a diversão do bom combate em DA2


Com o fim do jogo e a grande expectativa pelo Dragon Age Inquisition, comecei a jogar as expansões de Dragon Age Origins (dessa vez no Play 3, pois achei aquelas edições completas bem baratinho) e comecei a ler os livros.

Li o 'Stolen Throne' e 'The Calling', ambos muito bons e escritos pelo próprio David Gaider, criador do universo de Dragon Age. Esses dois se passam antes dos eventos de Dragon Age: Origins (primeiro jogo) e contam a história de Maric: como ele vira rei, como expulsa invasores os de Orlais de sua terra natal Ferelden (primeiro livro) e como trava contato com os Grey Wardens e os ajuda a lidar com uma crise para evitar um 'Blight' (quando os Darkspawn encontram um Deus Antigo, ou Archdemon nas profundezas do mundo e começam a invasão da terra na superfície).

Esse segundo livro é do cacete! Tem uma ligação profunda com a expansão de Dragon Age: Origins (Awakening), jogo que estava começando quando tudo o mais foi colocado em espera.

É que essa semana foi lançado o Dragon Age: Inquisition (mais relacionado com o livro Asunder, que estou lendo agora). O jogo é fenomenal, acho que o melhor Dragon Age até agora.

Mais um milagre no mundo dos games: lembraram que existem mais cores além do marrom e do cinza. Ambientes abertos, coloridos e cheios de coisas pra fazer são os trunfos de Dragon Age: Inquisition


Ando meio desconectado da história pois o jogo é super aberto, tem missões secundárias à vontade e só ficar perambulando pra lá e pra cá já é uma baita diversão. Adoro jogo aberto desse jeito - andei retomando um pouco de Skyrim esses dias, e dá pra ver que Dragon Age Inquisition bebeu bastante dessa fonte para seu próprio benefício. O jogo ficou bem legal.

Personagens interessantes, ambientes diversificados e Dragões: fórmula para diversão em qualquer RPG


Já estou com umas 10 horas de jogo e acho que não fiz nem 5% do jogo. Geralmente gosto de jogos curtos, mas quando o universo é aberto e interessante como esse gosto de me perder e empregar um bom tempo habitando o lugar.

Meu único comentário é que ainda não morri nenhuma vez (meu personagem ainda está no nível 6). Cheguei a ficar cara a cara com um Dragão, consegui matar alguns dos filhos dele e escapei quando a maioria dos personagens no meu time rodaram um apenas uma baforada de fogo do bicho. O Dragão impressiona e não vejo a hora de ter força o bastante pra encarar um desses.


O jogo ainda não ficou muito difícil, mas sei que estou no começo. Ainda não entrei nas paragens mais sombrias de Thedas e nem visitei Orlais, veja você


O jogo também é lindo (estou jogando no PS4), roda sem problemas apesar de ter alguns pequenos bugs e sobressaltos normais de jogos Open World desse tamanho (subir um morro na base do pulo as vezes é meio esquisito).

Fora isso tem o Multiplayer, que parece bem bom. Ainda não consegui jogar online (possivelmente culpa da minha internet a rádio, a conferir). Entrei sozinho em algumas partidas e vi que é um bom jogo de ação - jogando sozinho, é difícil como um jogo da série Souls (Demon Souls/ Dark Souls).

Até o momento, meus polegares estão em riste para a Bioware. Que belo mundo eles criaram, e que belos jogos para dar vida a esse universo.