Com meu Vita conectado em minha conta americana, adquiri o Assassins Creed Bloodlines para PSP por apenas 5 dólares. Esse preço é o que podemos chamar de barbada
para um jogo como esse.
É um ótimo jogo de ação com gráficos que impressionam para o
PSP. E o mais importante, a jogabilidade é excelente. Estava jogando Assassins
Creed de Vita quando me deparei com essa promoção, e o jogo de PSP é mais legal
(ainda que os gráficos obviamente sejam mais fracos).
Terminei Assassins Creed: Bloodlines em cerca de 5 dias de
jogatina moderada (pouco menos de duas horas por dia). É um jogo curto, do
jeito que gosto –fechei o jogo em cerca de 8 horas fazendo algumas missões
secundárias.
A história fez pouco sentido pra mim, já que nunca terminei o Assassins Creed 1. Mas em linhas gerais, é a rotina de um Assassins Creed
qualquer: espionagem, perseguição e assassinato aos Templários do mal, com
pequenas reviravoltas e traições na trama.
O que mais chamou minha atenção foi a mecânica de luta e as
belas animações dos golpes. Isso é importante, já que é um game com muita
batalha corpo a corpo.
A mecânica de luta obedece a um sistema simples onde, a cada
espadada defendida pelo inimigo, você deve aplicar o próximo golpe no tempo
exato para manter o fluxo ofensivo.
Ou seja, assim que ouvir o som metálico de choque entre
espadas deve apertar o quadrado de novo, e de novo - fazendo chover cacetadas
sobre o inimigo. Isso vai criando uma animação de movimentos fluidos que
culmina com uma finalização cinemática mais dramática. Bem legal.
Nesse tutorial dá para conferir a qualidade gráfica, das
animações, e checar como funciona a luta de espadas.
O jogo teve uma recepção morna da crítica em geral, com nota 63 no
Metacritic. As principais reclamações são:
- Jogo curto – para mim, é uma vantagem. Prefiro jogos mais
enxutos.
- Combate repetitivo – tem bastante combate nesse
jogo, mas achei que ele tem profundidade suficiente para segurar a diversão até o fim. Não cansei das lutas.
- Controle de Câmera – de fato é problemático como todos
os jogos em 3D para PSP. Mas tem um mapeamento inteligente dos botões para contornar a limitação
do portátil.
- Gráficos e escopo (mapa pequeno) – essa crítica me irrita.
O jogo é muito bonito para o PSP, apesar de usar poucas cores (predomínio
do cinza e marrom). O mapa total é grande, mesmo que esteja dividido em áreas menores ligadas por portões (atravessar portão = loading time bem curto).
A crítica ao gráfico é típica do que acontece com o PSP: ao invés de ser
comparado com o AC de Nintendo DS, o jogo foi comparado com a versão de PS3 que
obviamente é mais bonita. Parte da culpa é da Sony por posicionar os portáteis
como experiências de console na palma da mão.
No departamento diversão, achei esse jogo melhor que o
Assassins Creed 1 de PS3. Um grande feito para um jogo no pequeno PSP, que em dezembro
desse ano completa 10 anos de vida.
Dou uma nota 8 para o jogo – captura o espírito de um
Assassins Creed, e traz uma experiência de jogo ambiciosa na
tradução para um portátil. Andar pela cidade, arrumar confusão (e resolver os problemas na espadinha) foi um barato.
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