Arkham Origins Blackgate traz uma abordagem nova para o universo Arkham e representa uma boa tradução dos jogos de console para a experiência portátil.
APRESENTAÇÃO:
Joguei no Vita, e gráficos e texturas são bonitos. Também gostei da interpretação dos atores, e apesar de a história ter sido alvo de várias críticas, achei decente.
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O visual é fiel ao estilo da série Arkham, com predomínio de tons sombrios |
As cutscenes desenhadas a mão ficaram lindas na tela OLED do Vida, e acrescentaram uma personalidade própria para o jogo.
JOGABILIDADE:
As lutas são bem divertidas, seguindo o mesmo estilo dos consoles - só que na perspectiva 2D. Não tem a mesma profundidade do console, e o desafio é um pouco menor - você ataca e defende para esquerda ou direita. Mas é uma parte bem resolvida do jogo, pois captura a essência do ótimo sistema de lutas do Batman.
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Combate seguem o estilo de equilíbrio entre ataque e defesa, e mantém a essência testada e aprovada da séria |
A maior crítica que o jogo recebeu se relaciona à exploração dos ambientes. O mapa funciona no esquema 2,5D, o que adiciona um nível de desafio (e frustração nos momentos finais do jogo).
A QUESTÃO DA NAVEGAÇÃO
A navegação acontece como em qualquer jogo 2D, em que você atravessa corredores no estilo Metroidvania. A diferença é que, nesses corredores, você pode se deparar com portas ou dutos de ventilação no fundo da tela. Ou seja, na prática o mapa é em 3D (mesmo que você só possa sair do corredor nesse pontos de intersecção).
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A navegação vai se tornando mais complexa a medida que o jogo avança |
Navegar em mapas 2,5D requer alguma adaptação, mas jogadores de vídeo-game são espertos o bastante para conseguir decifrar. O problema é que nos momentos finais do jogo, em que você precisa atravessar grandes áreas vazias do mapa (inimigos derrotados não regeneram), o ritmo do jogo fica mais lento. A cada tela você precisa acessar o mapa para entender onde aquele duto ou corredor vai te levar.
Uma versão para console com gráficos e texturas aprimoradas vai ser lançada em breve, onde eles adicionaram um sistema de dicas para facilitar a navegação. Quem sabe não trazem essa atualização para o jogo de Vita e 3DS?
MODO DETETIVE
Pela complexidade da navegação e pela constante descoberta de caminhos secretos, usar o modo detetive é essencial. Essa crítica também pode ser feita para os games de console (me incomodei um pouco com a navegação do Arkham City em particular). Mas sendo um fã da série desde o primeiro jogo, acho que é mais uma característica da séria Arkham do que um problema da versão portátil.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDhi9W88eNu8rV3uWYwpJk5W2wEAxD6osAssudmqCg6guHfR21oHEYn7h1BgVdeMkEsTmCenxv458fbek3mnaVSG2GU8HtYR4O5ubyY4B21dIQIfDlATpQZK-sOUM7jN1Ol5gHVocKFvA/s1600/Captura+de+tela+2014-03-08+18.13.01.png)
Essa necessidade de usar o modo detetive acaba sendo uma questão de gosto. Gosto de pensar que a prisão é cheia de segredos, mas poderia ter sido melhor manter o caminho principal do jogo mais evidente: alguns caminhos essenciais para avançar a história são bem escondidos e só podem ser encontrados com o uso meticuloso do Modo Detetive.
CONCLUSÃO:
Me diverti bastante com o jogo. Navegar pela vasta prisão Blackgate enquanto constantemente descobria novos bat-equipamentos fez com que fosse um daqueles jogos difíceis de largar.
O jogo se beneficiaria com um processo de navegação mais simples, pelo menos para atravessar o caminho da história principal (não me importo com conteúdo opcional bem escondido). Isso impediria aquela sensação frustrante de travar de vez em quando - coisa que provavelmente acontecerá com você em algum momento.
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Até o Coringa do filme tem um cartãozinho para ser achado |
Ainda assim, é o tipo de jogo que espero ver mais no Vita - versões diferentes que tiram melhor proveito do sistema ao invés de jogos antigos portados do PS3 ou outras plataformas.
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