segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Microsoft tinha razão

Quando os dois consoles de nova geração foram anunciados no final do ano passado, acompanhei tudo de perto. Assisti as conferências da Sony e da Microsoft com atenção e uma saudável dose de entusiasmo.

Como muitos, ridicularizei o posicionamento da Microsoft - com muito foco em mídia e pouco foco em games. Fiz coro com os demais e bradei: estamos aqui pelos jogos, não pelas demais bobagens.

A transição entre jogos e o programa de auditório virou motivo de chacota  entre gamers

Quando os dois saíram no Brasil, acabei comprando um Xbox One apenas porque o preço do PS4 estava  proibitivo. Como inicialmente detestei o Kinect (falo mais disso em outro post), logo quis vender o Xbox. Algumas circunstâncias me impediram, além do desejo de jogar um pouquinho mais dos bons exclusivos Forza e Dead Rising 3.

Pouco depois acabei cedendo ao PS4. Sendo um fã do Vita e já assinando PS+, achei que seria minha escolha natural.

Hoje, depois de alguns meses com os dois consoles, tenho que admitir: a Microsoft tinha razão.

Ligo meu Xbox com muito mais frequência do que o PS4. É onde compro mais coisas - jogos, filmes, seriados e até games de Kinect para sacudir o esqueleto. Acabo recorrendo ao PS4 apenas por algum jogo específico. Assim que termino, ele volta a dormir e o Xbox continua reinando na sala.

Todas as temporadas de Two and a Half Men? Dentro!


Curiosamente, é a função de mídia que faz meu Xbox funcionar mais. Além do Netflix, já juntei alguns bons filmes e seriados no Xbox Vídeo. Na dúvida do que vou fazer, ligo primeiro o console que me oferece mais avenidas para a diversão.

O Kinect, apesar de ainda ser muito impreciso, eventualmente colabora em alguns comandos simples como iniciar um aplicativo ou pausar um vídeo quando estou com as duas mãos ocupadas (tenho um bebê em casa e os seriados do Xbox Vídeo são bons companheiros na madrugada).

Foto meramente ilustrativa


Claro que esse contexto só faz sentido no Brasil - minha conta Brasileira do Xbox dá acesso a filmes e seriados, minha conta americana da PSN não.

Além disso, por enquanto, acho os exclusivos da Microsoft melhores do que os da Sony. Achei Killzone apenas razoável e não consegui me ligar muito na série InFamous (por isso ainda não experimentei o de PS4). Achei Dead Rising 3 e Forza muito bons, e Ryse é bom. Titan Fall não é minha praia, mas é considerado o melhor jogo da nova geração até o momento.

Forza é tão bom que me fez voltar a gostar de jogos de corrida depois de muito tempo longe desse gênero

Não me leve a mal, o PS4 ainda é um ótimo brinquedo: o controle é espetacular, jogos de estúdios terceirizados têm tido melhor performance ali (Tomb Rider e Metal Gear), e meus amigos fazem parte do ecossistema Playstation. É a caixa definitiva para jogos. A questão é que a boa diversão vai muito além disso.

Quem diria que tão cedo eu daria o braço a torcer para a Microsoft nesse front? Fico torcendo para ter mais boas surpresas pela frente. Quem sabe eles não arrumam o Kinect até o fim dessa geração?

- Bom divertimento

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