segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pichação caseira 2





Steam In-House Streaming Beta Impressions

Fui investigar mais sobre essa ferramenta do Steam, que permite fazer um stream do computador de jogos para outro computador qualquer.

De tudo que vi, o melhor vído é esse aqui:






Pra encurtar a história, a ferramenta ainda está longe de ser perfeita e funciona melhor com:

- Jogos 2D independentes e mais simples

- Jogos da Valve

- Jogos lentos, como Civ (estratégia por turno)



Não funciona bem com jogos que exigem precisão e reflexo como Dark Souls ou Metal Gear Rising.



Curioso que, pelo que vi, a performance que tenho no Vita com o PS4 é superior. Jogar no Console sempre ganha no quesito simplicidade.



A conclusão do cara é que agora ele pode jogar Civ na sala. Pode não parecer muito, mas não está nada mal para o primeiro esforço. Vou acompanhar de perto como a ferramenta se desenvolve.


Steam in home streaming

Acabei de ver o anúncio de um novo serviço do Steam: In-home streaming.



Achei a proposta interessante e com grande potencial. Tenho uma pancada de jogos no Steam, e poder fazer um stream para outro computador me permitiria, por exemplo, conectar um controle e jogar tudo aquilo na TV da sala (que está ligada a um netbook simples, que usamos muito pouco - apenas para fotos).

Tenho experimentado com a função de stream do PS4 para o Vita, e é bem mais legal do que pensei a princípio. Não dá para jotas jogos competitivos porque o atraso dos comandos te deixa em desvantagem, mas jogos single player (joguei Battlefield e InFamous) funcionam bem.

Li sobre a experiência com o Nvidia Shield (um portátil baseado em Android que faz stream de PC, se o seu cartão de memória dos Nvidia), e parece que é bem legal também. Tem relatos sobre gente jogando a quilômetros de casa, conectado com o PC pela internet.

No lançamento do Borderlands 2 para Vita, muitas matérias foram feitas explorando essa comparação, e essa possibilidade chamou minha atenção.

http://www.droidgamers.com/index.php/game-news/android-game-news/7457-borderlands-2-ps-vita-vs-borderlands-2-pc-streaming-nvidia-shield

Nesse contexto, gosto que o Steam está dizendo que outros sistemas operacionais estariam a caminho.


Acho que a verdadeira revolução viria se esse sistema funcionasse com Android ou iOS. Imagina fazer stream para o iPad no Apple TV, ou a um celular ligado na TV? Imagina fazer isso de qualquer lugar com uma conexão de internet?

Estamos vivendo no futuro!

Expectativas para E3 2014

A versão 2014 do E3 (Electronic Entertainment Expo) está chegando. Nessa feira, que acontece todo ano em Los Angeles, os maiores anúncios do mundo dos games são feitos.

Esse vai ser o primeiro E3 depois do lançamento dos consoles de nova geração (Xbox One e PS4), por isso as expectativas são grandes.

Aqui vão alguns jogos dos maiores (Ubisoft e EA) que quero ver:

Dragon Age: inquisition
Ninguém duvida que a BioWare é capaz de criar um RPG de primeira.

Claro, Dragon Age 2 foi uma decepção, mas a postura do time por trás do novo jogo é de compensar por esse tropeço. Assistindo algumas entrevistas, eles parecem estar entusiasmados com o projeto. Open World, combate mais estratégico e gráficos de cair o queixo.



O jogo lança no segundo semestre desse ano, então eles devem ter bastante coisa para mostrar nesse E3. Não vejo a hora de saber mais sobre DA: inquisition. Durante a Copa do Mundo, vou até me esforçar para terminar o DA2 (parei perto do fim, travei numa parte).


Star Wars Battlefront
Quando fico aqui reclamando de RPGs que viram jogos de ação e tiro, pode parecer que não gosto de shooters. Pelo contrário!

Sou um viciado em Battlefield desde o 1948, e já tenho umas 50 horas de jogo no BF4.



Saber que vem vindo um Star Wars Battlefront feito pela Dice é de arrepiar! Só espero que eles se esmerem no jogo: a franquia Star Wars é tão forte que poderia deixar o pessoal da EA (de novo eles) preguiçosos, pois as vendas são praticamente garantidas - mesmo se o jogo for medíocre.

O último ótimo Battlefront que joguei foram os dois no PSP, e que belos jogos eram aqueles. Campanha primorosa, e um modo de jogo de conquista da galáxia que misturava o jogo de tabuleiro War com ação em terra e no espaço.



Se esse jogo envolver a mesma mecânica, serei um homem feliz.

É assim: tem uma batalha rolando no solo, mas você pode pegar um caça (X-wing) e tentar invadir a nave do adversário para conseguir algumas vantagens em solo. Que jogo genial!


Far Cry 4
Ah, Far Cry 3... quantas boas memórias!

Adorei esse jogo. Terminei o jogo no PC, onde os gráficos eram incríveis. Ano passado, comprei o jogo no PS3 para jogar mais e colecionar alguns troféus, e acabei platinando o game. Depois disso veio o Blood Dragon, outra pintura. Tudo sensacional.

Far Cry 4 está prometido para esse ano, imagino que já veremos ele sendo jogado nesse E3. Por enquanto, só vimos a capa do jogo.

A Ubisoft só mostrou a capa do jogo, e já gerou controvérsia: foram acusados de racismo pela imagem de um loiro subjugando um nativo. Vejam as raízes: o cabelo é tingido, pessoal! A turma do primeiro mundo não está acostumada ao cheiro de creme de pentear do metrô de São Paulo, que permite a todos (mesmo ditadores himalaios) um cabelo liso e loirinho.
O jogo se passa numa versão fictícia do Himalaia, e tem todos os elementos de um bom Far Cry: um ditador louco (estou imaginando o Id Amin do filme 'O último rei da escócia'), animais selvagens e a possibilidade de montar elefantes. No topo de tudo isso, gráficos de última geração nos consoles novos. Plim!


Menção honrosa: Mass Effect 4 (não confirmado)
Não posso dizer que estou extremamente entusiasmado com esse pois não terminei o Mass Effect 3, mas seria um jogo para se observar. Acho que ele pode mostrar se a BioWare permanece sendo um estúdio com personalidade (se for assim, vem um bom RPG de ação), ou se virou um fantoche sem alma da EA (se for assim, vem um jogo espacial de tiro).

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Malvadezas de 2014 - os malvados de André Dahmer

Os quadrinhos dos Malvados estão cada vez mais geniais. A série do museu dos anos 90, que está sendo publicada esses dias, é particularmente boa.

No Facebook, é só seguir o André Dahmer.




Boa diversão.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Microsoft vai lançar um Xbox One sem Kinect

Essa notícia já está um pouco fria, mas muito trabalho me impediu de comentar mais cedo.

Finalmente, a Microsoft vai vender um Xbox One sem o Kinect no pacote. A diferença de preço deve ser de 100 dólares, ou 25% do valor. Aqui no Brasil, significaria um Xbox One por cerca de R$ 1,750.00. Acho um preço interessante para um console de última geração.

Particularmente, detesto o Kinect. Ele funciona 40% das vezes, e para ser legal deveria funcionar 90% das vezes.

Muita gente reclamou. A Microsoft relutou, mas parece ter escutado

Quando minha esposa conversa comigo enquanto jogo, já sei que em algum momento ele vai achar que ela está dando um comando e interferir no meu jogo.

As vezes cruzo a perna no sofá, e ele entende que estou esticando a mão e dando um comando. Nisso ele avança meu filme, me tira do jogo no meio do tiroteio... um saco.

Finalmente, o principal: tirando Just Dance (que brinquei por cerca de 1 mês com sobrinhos e a esposa), não tem nada interessante pra brincar no Kinect. Desenvolvedores de games preferem investir em software que funcione nas duas plataformas.

O Kinect sempre vai ser uma plataforma que abarca a base de usuários da Microsoft, e deixa de fora o maior pedaço do bolo: quem comprou o PS4. Fica difícil vender a idéia da plataforma para quem tenha algum interesse de bolar software e vender ali.

Em meio a tudo isso, chega o anúncio da Microsoft.

Câmera espiã na sala

Temos duas formas de olhar para ele.

Por um lado, fica evidente que a Microsoft mentiu quando disse que o Kinect era parte indispensável, integral da experiência com o XB1. Disseram que seria impossível pensar o sistema sem o Kinect.

Além disso, quem comprou o sistema inicialmente pode se sentir um pouco traído por ter acreditado na proposta inicial do console com Kinect: pouco tempo depois do lançamento, surge uma versão sem o brinquedo.

Se havia pouca coisa sendo lançada para Kinect, agora que a Microsoft dividiu a base instalada (o Kinect agora é um periférico, e teremos Xbox com e sem ele) devemos esperar ainda menos interesse dos estúdios independentes.

Por outro lado, tudo isso acontece cerca de 6 meses depois do lançamento do XB1. Para mim, é impressionante a velocidade com que a Microsoft se ajustou a todas as demandas do mercado.

A velocidade e ímpeto de adaptação da Microsoft impressiona, e é característica de empresas ocidentais muito dinâmicas: o esforço deve ter sido monumental para mudar tanto em tão pouco tempo.

Se for comparar com a última geração, quando a Sony estava por baixo, a diferença é gritante. A Sony, japonesa, levou anos para adaptar lentamente o PS3. Só no final da última geração de consoles eles estavam em um campo de batalha mais equilibrado.

Com a Microsoft, eles terão um console no mesmo preço do PS4 apenas 6 meses depois do lançamento. Eles trocaram de CEO e reavaliaram todos os furos de estratégia. Eles reverteram a visão que tinham do mercado e repensaram a sua proposta num intervalo muito curto de tempo.

Para isso, eu tiro o chapéu para a Microsoft.

Não se enganem, ainda detesto o Kinect e acho que eles pisaram na bola feio no lançamento do console. Mas observo, com respeito, toda essa movimentação.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

EA vai acabar com componente online de 50 jogos em Junho

Lembra da época em que você comprava um jogo, e ele era seu pra brincar como quisesse, pra sempre? Pois é, esses dias não existem mais.

A Electronic Arts vai desligar o componente online de 50 dos seus jogos - alguns dos quais só funcionam online. Battlefield 1942, por exemplo, vai deixar de funcionar.

No PC, alguns desses jogos podem ser jogados em servidores particulares e não oficiais. Nos consoles, é o fim da brincadeira.

Particularmente, não comprei Titan Fall no Xbox One por já ter visto vários jogos online da era PS3/ Xbox 360 perderem a função. Como o Titan Fall só tem componente online, achei melhor ficar de fora.

Só embarco em jogo com foco online se estiver bem interessado, e boicotei Titan Fall. Mas sou viciado no Battlefield 4, mesmo sabendo que cedo ou tarde o brinquedo vai deixar de funcionar

Esses dias a Sony também anunciou que não vai mais dar suporte ao modo online de vários jogos, inclusive jogos relativamente recentes como o Gran Turismo 5, de 2010.

Sei que essas são 'dores de crescimento' naturais enquanto nos movimentamos para um mundo online onde tudo está na nuvem - lugar etéreo onde ninguém é dono de nada. Ficar incomodado com isso é parte do processo para que as coisas se ajustem do jeito que queremos.

Enquanto a gente for assim, eles vão deitar e rolar. Sou culpado desse crime com Battlefield

Segue a lista de jogos:

  • Battlefield 1942 for PC and Mac (including The Road to Rome and Secret Weapons of WW2 expansions)
  • Battlefield 2 for PC (including Special Forces expansion)
  • Battlefield 2: Modern Combat for PlayStation 2
  • Battlefield 2142 for PC and Mac (including Northern Strike expansion)
  • Battlefield Vietnam for PC
  • Bejeweled (r) 2 for the Wii
  • Bulletstorm for PlayStation 3
  • Command & Conquer 3: Tiberium Wars for PC and Mac (including Kane's Wrath expansion)
  • Command & Conquer: Generals for PC and Mac (including Zero Hour expansion)
  • Command & Conquer: Red Alert 3 for PC and Mac
  • Crysis 2 for PC
  • Crysis for PC
  • Crysis Wars for PC
  • Dracula - Undead Awakening for the Wii
  • Dragon Sakura for Nintendo DS
  • EA Sports 06 for PC
  • F1 2002 for PC
  • FIFA Soccer 08 (KOR) for the Wii
  • FIFA Soccer 08 for Nintendo DS
  • FIFA Soccer 09 for Nintendo DS
  • FIFA Soccer 10 for Nintendo DS
  • FIFA Street 3 for Nintendo DS
  • Full Spectrum Warrior: Ten Hammers for PlayStation 2
  • Global Operations for PC
  • GREEN DAY: ROCK BAND for the Wii
  • James Bond: Nightfire for PC
  • Madden NFL 08 for Nintendo DS
  • Madden NFL 09 for Nintendo DS
  • Master of Orion III for PC
  • Medal of Honor: Allied Assault for PC and Mac (including Breakthrough and Spearhead expansions)
  • MySims Party for Wii
  • MySims Racing for Nintendo DS
  • MySims SkyHeroes for the Wii and DS
  • NASCAR Sim Racing for PC
  • NASCAR Thunder 2003 for PC
  • NASCAR Thunder 2004 for PC
  • Need for Speed: Hot Pursuit 2 for PC
  • Need for Speed: ProStreet for Nintendo DS
  • Need for Speed: Undercover for Nintendo DS
  • Neverwinter Nights 2 for PC and Mac
  • Neverwinter Nights for PC, Mac and Linux (including Hordes of the Underdark and Shadows of Undrentide expansions)
  • SimCity Creator for Wii
  • Skate It for Nintendo DS
  • Sneezies for the Wii
  • Spore Creatures for Nintendo DS
  • Spore Hero Arena for Nintendo DS
  • Star Wars: Battlefront for PC and PlayStation 2
  • Star Wars: Battlefront II for PC and PlayStation 2
  • THE BEATLES: ROCK BAND for the Wii
  • Tiger Woods PGA Tour 08 for Nintendo DS

Injustice: gods among us, Mortal Kombat e jogos que para quem não gosta do gênero

Vivo reclamando de jogos que são simplificados, e da ausência de alternativas mais hardcore dos meus gêneros favoritos - principalmente RPG e jogos de estratégia. Gosto de jogos de tiro e ação, mas esses estão bem representados.

Muito bem, a muito tempo eu não ligava para jogos de luta. Joguei muito Street Fighter 2 no Super Nintendo e fliperamas, e um pouco de Tekken no PS2.

SF2 no Super Nintendo: haduken!

No lançamento do Vita, tentando achar um jogo 3A que se encaixasse comigo, a grande surpresa foi Mortal Kombat. Acabei me engajando com a história e, querendo ver o final, fui aprendendo a jogar até me tornar um lutador razoável. Essa semana viciei no Injustice: Gods among us.

Eles conseguiram me ensinar a brincar com jogos de luta mais hardcore, o que acho um grande feito.

E, uma vez que você domina a base do jogo, percebe o quanto é divertido. Aprendendo apenas alguns comandos você passa a observar o equilíbrio e nível de precisão que está por trás desses jogos. Ataques à distância que forçam o oponente a se movimentar, ataques especiais que causam bastante dano e ataques rápidos que 'quebram' a defesa ou um golpe mais elaborado que o adversário esteja preparando.

Gráficos decentes, jogo rápido e fluido: bom port para o Vita


Não sei se, no processo, eles tiveram que simplificar o jogo de alguma forma. Fico curioso pra saber se isso incomoda os jogadores tradicionais de jogos de luta, da mesma forma que me incomodo quando vejo os RPGs virando jogos de ação para atingir um público maior.

De qualquer forma, acho que o trunfo para me engajar nesses dois jogos foi a história (mesmo a história do Mortal Kombat sendo mais simples, ainda foi o bastante para me segurar durante toda a campanha). A história do Injustice, com os heróis da DC, é bem mais interessante.

Gostaria de ver o mesmo processo sendo aplicado a outras franquias que já estiveram nos ringues de jogos de luta. Que tal um jogo de luta com uma trama estrelando os heróis da Marvel, os personagens de Star Wars ou mesmo os personagens da Sony no Sony All-Stars: Battle Royale. Já pensou?

O Super Homem do universo alternativo está à solta e mal intencionado. E agora?

Não tenho idéia do quão caro ou complexo é trazer esse contexto de cutscenes para os jogos de luta, mas sendo uma convenção tão antiga em outros jogos imagino que seja possível de acontecer.

Conclusão
Injustice: Gods among us pode ser achado por um preço razoavelmente barato no PSVita, e oferece várias horas de boa diversão. Mesmo que você não seja um grande fã de jogos de luta, pode ser que se surpreenda.

- Bom divertimento

sábado, 10 de maio de 2014

Google + e o caso da hemorróida

Existem boatos circulando de que o Google + estaria em apuros e sendo abandonado pelo Google: grande parte dos engenheiros da plataforma social estão sendo realocados para o time de Android, e o Google + está virando um produto zumbi, vagando sem direção. Está morto, mas ainda existe e anda.

Particularmente, gosto bastante do Google +. Acho o design bonito, as animações fluidas, e as ferramentas de foto são incríveis. É menos povoado, mas o pessoal de lá é mais engajado com temas interessantes (tem menos foto de prato de comida).

Difícil competir com o ambiente vibrante, ainda que mais banal, do Facebook


Além disso, se seu telefone for um Android, é um Backup automático de tudo. É nesse contexto que vai um causo interessante para refletirmos sobre a tecnologia no nosso dia a dia.

Um amigo, acometido por terríveis hemorróidas, queria ver como a situação andava lá embaixo. A forma mais funcional de ver e analisar a própria bunda, segundo esse amigo, foi tirar umas fotos. E assim ele fez.

Para seu desespero, depois de algumas semanas, foi perceber que as fotos estavam no Google +. Segundo os relatos, era algo parecido com um dedo mindinho saindo de um emaranhado pele e pelos. Uma feia fatia de intimidade exposta na rede.

E tem gente achando que a tecnologia só vai ser realmente perigosa quando os robôs se revoltarem. Cuidado!

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Documentário We Are Legion: The Story of the Hacktivists!

Assisti essa semana um ótimo documentário sobre o grupo Anonymous, aquele grupo notório de Hackers que, entre outras coisas, derrubou a PSN.

O filme é ótimo e o tema é super interessante. Os produtores fazem um belo trabalho de reportagem, e conseguem acesso a vários membros do grupo para entender como eles funcionam e quais são as suas motivações.

Sei que essa turma foi ovacionada aqui no Brasil, especialmente quando se colocaram contra o SOPA dos EUA. Lembro de receber tudo com desconfiança, mas de ficar bastante curioso sobre as reais intenções dos caras.

Sempre há espaço para uma boa referência ao V de Vingança

O filme desmistifica o grupo - se é que pode ser considerado um grupo. É um fenômeno no mínimo curioso da internet e dos tempos modernos.

Pode parecer um tema muito denso, mas não é tanto assim. Envolve bastante coisa de cultura nerd - mostra o lado mais besta e descontraído da internet. Uma parte interessante e bem presente no documentário, por exemplo, é a pegada Troll do grupo, e como ela evolui conforme eles se envolvem em alguns eventos mais importantes.

Pra quem tiver Netflix, o documentário está disponível lá. Se você também tiver curiosidade sobre esse tema, vale a pena.

- Bom divertimento

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Retrospectivas Game Trailers - Diablo, Star Wars, Zelda, Final Fantasy e outros ícones dos games

GT foi o primeiro site de games que descobri quando comecei a ficar mais engajado nesse universo. Ainda hoje é um site que visito de tempos em tempos para checar o Patch Attack e Final Bosman, bons shows do canal.

Mas o que me levou pra lá pela primeira vez foram as retrospectivas. Profundas, detalhadas e cheias de informações interessantes, elas dissecam o surgimento e evolução das séries mais legais dos vídeo-games.


http://www.gametrailers.com/shows/gt-retrospectives

As mais legais são as de Star Wars e Final Fantasy: são revisões monstro com vários episódios e vários detalhes da época em que os jogos eram feitos. Além de todas as curiosidades, efeito nostalgia é forte aqui.

Zelda é outro bem legal. No último episódio, eles tentam organizar a polêmica linha do tempo do jogo (existe uma teoria de que existem realidades paralelas no universo de Zelda em alguns pontos chave). É um tema bem nerd - lança mão de alta complexidade cerebral para entender o joguinho.

Apesar de algumas dessas retrospectivas serem longas, são divididas em episódios curtos - fáceis de consumir e digerir.

Essa semana eles lançaram o primeiro episódio da retrospectiva de Diablo. Assisti ontem e também é bem legal - os caras fazem um trabalho de pesquisa primoroso, como sempre.

http://www.gametrailers.com/full-episodes/lytly0/gt-retrospectives-diablo-retrospective--part-one

Se tiver curiosidade nesses temas, aproveite. É um banquete.

- Bom divertimento

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Álbum de figurinhas da Copa do Mundo

Mais uma Copa do Mundo se aproxima, e essa vai ser no Brasil.

As discussões sobre escalação, quais os favoritos e como será o desempenho dos maiores astros do futebol já estão pegando fogo.

Sujeitos de alta periculosidade
Para engrossar o caldo desse caldeirão temos as discussões políticas: quanto os estádios custaram, pra onde foi a grana que sumiu e o que poderíamos fazer com esse dinheiro. Passeatas e protestos, balas de borracha e prisões.

Apesar de adorar futebol, já decidi que estou pouco interessado nessa Copa do Mundo. Além da roubalheira, os ingressos estão caros demais. Alguns jogos prometem ser piada de mau gosto (como a Inglaterra jogando debaixo do sol de Manaus) e a seleção canarinho surge como uma das favoritas. O Brasil nunca ganha quando é favorito.

Em meio a tudo isso surge o Álbum de Figurinhas da Copa do Mundo, da Panini. Esse álbum é a redenção da Copa do Mundo. Esse me interessa, e tenho colecionado em todas as Copas - mesmo não conseguindo completar nenhum até hoje.

Abrir pacotinhos na expectativa de vir um craque (ou perna de pau) que ainda não figura no seu panteão de atletas é uma emoção banal das mais refinadas.

Pacote novinho de figurinhas: nham!

O cheirinho de figurinhas novas e o próprio álbum, que vai engordando e ficando surrado conforme a coleção ganha corpo. Achar outros colecionadores e barganhar as trocas. Tudo isso faz parte do bonito ritual do álbum da Copa.

O mais incrível é o alcance que esse álbum parece ter. Confesso que já fiquei meio envergonhado de aparecer na banca, no auge dos meus trinta e poucos anos, pra comprar figurinha. Mas da última vez, cruzei com um cara de cabelos brancos na banca, pescando por colecionadores. Quando me viu comprando as figurinhas sacou seu bolo de repetidas e ficamos entretidos no cuidadoso câmbio de atletas, brasões e estádios.

Hoje acho que o álbum da Copa já é uma tradição quase tão forte quanto o próprio futebol. Da minha parte, não vejo nenhum sinal de que vou enjoar da brincadeira. Vai Brasil!

domingo, 4 de maio de 2014

O Espetacular Homem Aranha: altos e baixos dos super heróis em diferentes plataformas de mídia

A vida de uma criança nerd é mais mole hoje em dia. Parece que os estúdios e produtores perceberam que as franquias que eles têm na mão valem ouro.

Tenho notado a quantidade de opções que temos para aproveitar personagens e universos favoritos. Ouvia falar muito em sinergia entre diferentes mídias desde o tempo da faculdade (a uns 10 anos). Na época, depois do filme Matrix saiu um jogo para PS2 e a animação Animatrix contando histórias paralelas. Tudo coisa que ia de bom a ótimo.

Aquilo era considerado revolucionário na época pois, ao invés de recontar a história do filme nos jogos e desenhos, as diferentes formas de mídia expandiam aquele universo com competência.



Hoje, isso é cada vez mais comum.

Antes de jogar Batman: Arkham City, li um bom quadrinho que dava o pano de fundo do jogo.

A um tempo atrás li o quadrinho do jogo Last of Us depois de terminar o jogo. Achei uma ótima forma de passar mais tempo e entender mais sobre os personagens daquele mundo pós apocalíptico.

Outro bom exemplo é o Walking Dead. Meu primeiro contato foi através do jogo, que achei primoroso. Depois disso vi umas duas temporadas do seriado (achei que começa muito bem e depois dá uma degringolada). Essa semana li 2 volumes que colecionam os primeiros quadrinhos, e já estou engajado.

Nesse caso, a ordem é assim: o melhor é o quadrinho, depois o jogo (Wolf Among Us). Ainda não consegui engrenar no seriado Once upon a time, que está na Netflix: achei fraco até agora


Star Wars é outro ótimo exemplo. Livros, filmes, série animada e quadrinhos - você acha alguma coisa boa em todas as opções de mídia (apesar de também ter coisa ruim em todas elas).

Nem sempre foi assim. Por muito tempo, parecia existir grande dificuldade em expandir universos para outras mídias. Os exemplos mais evidentes sempre foram os filmes baseados em vídeo-game: Super Mario, Street Fighter e Tomb Raider são, na melhor das hipóteses, medíocres.

Tivemos ainda o filme do Spawn (chato e sem pé nem cabeça), do Justiceiro e do Fantasma. Tudo material da pior qualidade.

Acho que a virada começou nos anos 90, quando surgiu o desenho animado dos X-Men. O desenho capturava bem o espírito dos quadrinhos e fez bastante sucesso. Depois disso vieram os desenhos animados do Homem-Aranha, que também foram bem sucedidos.

Quando esse desenho estreou na Globo, as férias estavam começando e fui passar o mês na fazenda, com pouquíssimo acesso à TV. De vez em quando eu conseguia escapar para assistir um pouco, para desgosto dos meus irmãos e primos

Os primeiros filmes de Super-Herói que realmente me impressionaram foram o X-Men e o Homem Aranha, no final dos anos 90/ começo de 2000. Lembro de ver os dois em êxtase, já que tinha ido assistir sem nenhuma expectativa. Nessa época ainda veio o primeiro filme do Senhor dos Anéis - um espetáculo!

Os filmes do Wolverine já têm uma pegada mais mercenária, mas na minha opinião ainda estão na esfera do aceitável. Assisti recentemente o primeiro Thor e o Capitão América, além do Homem de Ferro 3. Considerei todas boas adaptações.

Diante de tudo isso, recebemos os novos filmes do Homem-Aranha. Não gostei de muita coisa nessa nova versão dos filmes, mas o que me chama a atenção é que ainda são produções bem aceitáveis de filme. Se por um lado o homem-aranha de agora tem menos carisma (e é muito descolado para um nerd perdedor), ainda são filmes interessantes: por mais careta que eu faça durante o setup do filme, a hora que o homem-aranha sai atirando teias pra combater o crime eu volto a ser um menino de 10 anos.



Bons tempos.

Pra finalizar, uma dica: tem uma promoção nesse momento no Comixology de quadrinhos do Homem-Aranha. Minha recomendação é pegar a coleção Amazing Spider Man - BIG TIME. É uma coleção de quadrinhos que segue a história do Aranha com os Vingadores. Achei bem legal, tem aquele espírito brincalhão e piadista do Homem-Aranha.

O preço original era de uns 7 dólares, está por menos de 2 dólares nessa promoção. Bons desenhos, bom texto e um excelente personagem (sou fã do homem-aranha).

- Bom divertimento


Novo trailer de Call of Duty

Hoje em dia, a moda é detonar Call of Duty. É um jogo muito poupar, virou para vídeo games o que as novelas são para a TV aqui no Brasil - sinônimo de jogo para quem não entende de jogo.

Acho um belíssimo jogo de tiro. Rápido, técnico, divertido. Sempre que pulo numa partida me impressiono em como é um jogo divertido e profundo - principalmente uma vez que você domina os mapas. Antes disso, é só aparecer e levar tiro.



É um jogo que sempre trouxe alguma coisa chocante para se destacar. Quem já jogou o Modern Warfare provavelmente ficou tão chocado quanto eu na fase 'No Russian', em que você está infiltrado numa célula terrorista e é obrigado a abrir fogo contra civis em um Aeroporto.

Depois vieram os modos multiplayer com Nazistas Zumbis. No último Black Ops (do ano passado), a história se divide em um momento com dois finais bem distintos. Esse ano, lançaram um modo multiplayer com alienígenas. Eles se esforçam para justificar a sua compra.

Essa expansão colocava o George Romero, mestre dos filmes de Zumbis, como o rei dos Zumbis num modo Multiplayer. Esquisito e criativo na medida certa

A verdade é que, naturalmentete,  essa capacidade de surpreender vai perdendo a força com o tempo. Não vou culpar a Activision por tentar e não conseguir - é uma missão difícil.

Mesmo já tendo jogado muito Call of Duty (prestígio no Moder Warfare 2), o último que comprei foi o Black Ops 2. Confesso que não consegui chegar ao final da campanha. Parecia muito, muito genérico. Pulei esse último, com os cachorros.

Para o próximo jogo, eles continuam se esforçando. A última cartada foi colocar o astro (em alta) de House of Cards, Kevin Spacey, como vilão do jogo.

Achei bem esquisito. O texto soa meio genérico, e a entrega do texto é monótona. Estou com a sensação de que, ao invés de Kevin Spacey trazer credibilidade pro jogo, Call of Duty vai virar uma mancha na carreira dele. A conferir.

Veja o Trailer e tire suas próprias conclusões.




- Bom divertimento

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ayrton Senna - memórias, comemorações e o documentário

Eu tinha 13 anos quando o Senna morreu. Na época, não dava a mínima para fórmula 1. Lembro de estar brincando com meus amigos quando minha mãe chegou para dar a notícia. Não demos bola.

Como único Nerd da rua, eu estava tentando jogar GURPS com meus amigos. Eles se impacientavam com aquele monte de regras, se distraiam e queriam ir jogar bola lá fora. Sob pressão e estressado para entreter a turma, a notícia da morte do Senna teve pouco impacto
Sendo de uma família meio intelectualizada, meio chata e totalmente contra a Globo, a primeira lição que tirei do episódio foi sobre o poder da TV. Naquela noite, vendo o Fantástico, chorei com a produção que fizeram na morte dele. Lembro de ficar envergonhado e com raiva da TV, que teria manipulado as minhas sensações ao mesmo tempo que explorava a morte do cara.



O tempo foi passando e eu continuava ouvindo falar do atleta de alto desempenho, obstinado e exemplar que ele foi.

Quando morei fora do Brasil, muita gente queria falar sobre o Senna comigo quando ouvia dizer que eu era Brasileiro. Aquilo foi me intrigando, me deixando mais curioso.

Finalmente me rendi. Assistindo a corridas e entrevistas, fui vendo que era um tipo de atleta especial. Além de ser um piloto excepcional, é um cara com a cara do Brasil: carismático, religioso, com um jeito meio simples e até humilde. Um dos poucos caras que ganha o mundo e mantém o jeito meio caipira do Brasileiro.

De toda mídia que vi, o melhor é o documentário. Mostra a carreira de uma forma mais resumida e com os melhores momentos. Tem bastante coisa interessante dos bastidores - as entrevistas com o médico dele são muito boas para entender tudo o que aconteceu - antes e depois do acidente.

O documentário é ótimo e está disponível no Netflix 

Além disso, o efeito nostalgia do documentário é bem forte. O estilão dos anos 80 fica muito evidente nas filmagens, nas roupas, nos modismos e até nas propagandas de cigarro que aparecem por todo lado.

O que fica de negativo é o fato de que o Senna namorou com a Xuxa e com a Galisteu. Dá uma tristezinha.

Senna mandando mal

O final, naturalmente, é super melancólico. Mas muito bem dirigido e bem produzido. Eu poderia dizer que é a TV manipulando meus sentimentos de novo, mas passei dessa fase.

É que, de novo, acabei chorando quando ele morre. Acho que sou bundão, só isso.

Clássico VS Oldschool

Essa semana brinquei com 3 jogos que me fizeram refletir sobre as diferenças entre jogos clássicos e oldschool.

Sou um jogador mais velho, gosto de alguns jogos com premissas e convenções mais antigas. Console Saga, que analisei essa semana, é um bom exemplo. Trata-se de um jogo que não vai agradar a todos porque o design é antigo/ oldschool, mas a mecânica e as fases são sólidas o bastante para segurar o interesse no jogo.

Com base nessa boa experiência, tentei um outro jogo de Play Station Mobile: Boot Hill Heroes, um RPG com mecânica oldschool (Pixel Art + Combate por turnos) com temática de caubói. Achei que essa ambientação diferente poderia ser interessante o bastante para escapar do caráter genérico que jogos simples e de baixo orçamento costumam ter.

Com algumas referências ao 'De volta para o Futuro 3' e visual que lembra Earthbound nos screenshots da loja virtual, achei que valia arriscar - mesmo com o alto preço de 8 dólares.

Bando a cavalo e personagem chamado Doc: mordi a isca

O começo do jogo promete: boa música e ambiente interessante, uma história de vingança que considero adequada pro tema de velho peste (seu personagem é morto nos primeiros 5 minutos e deixa um herdeiro, que com certeza vai atrás do bando que matou seu pai).

Bando de vilões é bem bizarro: promessa de grande diversão

Já estava esfregando as mãos e pensando: beleza! Achei que seria um bom jogo para escrever uma análise aqui.

Daí o jogo começa de fato, 10 anos depois, e seu personagem (um adolescente) vai... matar ratos num celeiro. Puta que pariu! Levou 5 minutos para o jogo se tornar totalmente genérico.

Ainda pensei: vá lá, deve ser uma espécie de tutorial. Depois de 15 minutos matando ratos no celeiro, achei que ganharia mais desistindo do jogo. Não descarto a possibilidade de ter acontecido algum BUG que tenha travado a progressão da história, mas o fato é que fiquei 15 minutos indo e voltando pro celeiro pra matar ratos.

Gastei 8 dólares (caro para um jogo da PSM), e o jogo se sustentou por uns 20 minutos.

Por uma feliz ironia do destino, uma promoção da PSN vendia Chrono Trigger (um RPG de Super Nintendo que já joguei umas 3 vezes, mas nunca cheguei ao fim) por 3 dólares. Essa é a versão de PSOne, que tem umas animações. Decidi abraçar.

Pode parecer uma comparação sacana - Chrono Trigger é um dos maiores clássicos de RPG de todos os tempos. Mas esse custa 3 dólares, o outro custou 8. Os dois usam mecânicas clássicas. Acho a comparação honesta.


A diferença é gritante. O universo, o ambiente e os pequenos conflitos daquele reino dão vida para a premissa medieval, meio genérica, desde o primeiro minuto no jogo. Os personagens são interessantes, apesar de infantilizados.

O visual pixelado também tem estilo: cores vibrantes, animações com expressões exageradas que funcionam para sinalizar o que está acontecendo com o personagem.

Civilizações perdidas, tecnologia, viagem no tempo, personagens com seus próprios dramas e questões interessantes. O conjunto é intoxicante.

E aí está a diferença entre clássico e oldschool: os clássicos sobreviveram ao teste do tempo, mesmo com mecânicas ultrapassadas (ou já usadas à exaustão).

O Oldschool simplesmente retoma essas mecânicas. Alguns mostram que ainda há o que se fazer com elas através de boas idéias - design, história, alguma coisa.  Outros não.

Hotline Miami: visual pixelado e Topdown Shooter são elementos oldschool, já usados milhares de vezes. Mas a mecânica cerebral, precisa, rápida e sangrenta é totalmente inovadora

Console Saga faz isso de uma forma bem crua, mas faz. Thomas was Alone, outro Old School, faz isso acrescentando história, música e humor - mesmo sendo extremamente simples.

Thomas was Alone pega visual e mecânica simples e dá um show no design das fases.

Boot Hill Heroes usa mecânica e visual clássicos, e te coloca pra matar ratos por 15 minutos. Você pode me considerar cruel por não dar uma chance ao jogo, por desistir na primeira valeta. Mas achei que extrapolou minha boa vontade por muito. Ainda não estava apaixonado pelo jogo para suportar uma sessão dolorosa assim.

Se for um BUG, pior ainda. É um jogo simples demais para isso. E o responsável pelo BUG é sempre o próprio desenvolvedor do game.

Nesse sentido, fica aqui meu lamento: oldschool não pode representar um jogo simples, usando fórmulas testadas e aprovadas. Para ele justificar sua própria existência, tem que trazer alguma coisa interessante para a mesa. Se não, prefiro mil vezes jogar um clássico.