quarta-feira, 30 de abril de 2014

Ator Bob Hoskins, que estrelou o filme do Super Mario de 1993, morre aos 71 anos


O filme do Super Mario, de 1993, serviu para definir como as adaptações de vídeo-game sempre funcionariam nas telonas: confuso, sem alma, sem graça.

Pelo que li, filme o tinha um grande orçamento. Em 93 eu já era velho o bastante pra escapar dessa armadilha: nunca assisti essa trapalhada. Na verdade, sem sei se esse filme veio pro Brasil. Foi um grande fracasso de crítica, público e bilheterias.

Hoje, no dia do lançamento de Child of Light. No mês em que as fitas fracassadas de Atari foram desenterradas. No ano em que a Nintendo está sendo mais questionada sobre seu futuro - muitos apostam no seu fim.

Hoje o Mario Bros se foi.

Aos 71 anos, morreu cedo demais.

Pichação caseira



Análise Console Saga - jogo para PSM (Play Station Mobile)

Console Saga é mais um jogo de um cara chamado Thomas Hopper que, pelo que entendo, cria seus jogos sozinho para plataformas mais simples como o Play Station Mobile.

Acompanho o trabalho dele desde que joguei o excelente Out of Mind, um jogo de plataforma com tema meio perturbado e com ótimo design de fases. Esse também está disponível na PSM.

No Out of Mind você joga com esse gordinho

O Console Saga segue a mesma linha: é um jogo de plataforma, mas mais rápido e mais interessante. Os controles são mais precisos e você conta com dois poderes - tiro e um 'gancho' para se balançar pelas fases e plataformas.

Ação com a arminha e referências de Sonic e Mario Bross pra todo lado

É um jogo de visual simples e retrô, como todos os demais do Thomas Hopper. Cada fase é repleta de colecionáveis e segredos em áreas de acesso mais difícil. A música é estimulante, adequada para o estilo de jogo - ainda que seja um pouco repetitiva (você sente isso nas fases mais longas).

O design de jogo usa muito o modelo de risco/ recompensa, que me agrada bastante. Ele tem  colecionáveis em áreas bem difíceis, mas não chega a ter dificuldade proibitiva ou frustrante demais para atravessar a fase. É aquele estilo de jogo que te permite, até certo ponto, ajustar o nível de desafio - se quiser pegar os colecionáveis, vai ter que ralar mais.

Ação com o gancho

Mas não se engane: o design de jogo é oldschool. O jogo não te dá moleza. E se você perder todas as vidas (a bateria no topo da tela), vai ver a telinha de Game Over (o texto nesse caso é - Dead) e ter que começar a fase de novo. Bom desafio.

Como ponto negativo, posso dizer que a história é muito, muito simplista. Basicamente, você é um Game Boy coletando partes de código de jogo. Não me incomoda, pois o barato do jogo são as mecânicas bem azeitadas de plataforma - quase no nível de precisão de Super Meat Boy. Quase.

Os saltos podem ser um pouco imprecisos quando você está balançando com seu gancho/ corda/ teia do homem-aranha, e a câmera se desloca pro lado que você olha causando um pouco de confusão nos momentos de ação mais intensa.

Considerando tudo, o jogo é excelente. Mais do que isso, é um estilo de jogo que você não vai achar em muitos outros lugares - se gosta de jogos de plataforma com um bom nível de desafio, esse vale a pena.



Gostaria de ver Out of Mind e Console Saga como jogos de Vita para ter acesso a troféus, cheguei a mandar um e-mail pro cara incentivando o pulo mas ele disse que não tem planos para isso - pelo menos por enquanto.

Peguei esse jogo no lançamento, mas agora já joguei o bastante para ter uma opinião mais sólida. Vale a pena.

Dois alertas:
1. Não pegue esses jogos se pretende jogar num telefone celular (os telefones Xperia da Sony dão acesso à PSM), a não ser que você tenha algum tipo de controle físico para o jogo. Ele requer muita precisão para jogar na tela - principalmente o Console Saga. No Vita, funciona muito bem.

2. Cuidado, nem todos os jogos do Thomas Hopper são excelentes. Cheguei a ver um sobre um cara correndo na praia que achei medonho. Mas acompanho o que o cara faz, considero que ele tem os melhores jogos disponíveis para PSM.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Warren Haynes and Derek Trucks - Old Friend

Improviso monstro.






Seus bens digitais não são seus

Se você ler com atenção os termos de uso de grande parte dos comércios eletrônicos de bens digitais, vai perceber que você não é dono do que compra dessa forma.

O que compramos é uma licença  para usar aquilo. Isso já foi bastante discutido entre usuários da plataforma Steam, que vende jogos de PC online.

Comecei a ficar mais atento ao fato de não ser dono dos meus jogos conforme minha coleção no Steam crescia (tenho mais de 400 jogos). Lembro de refletir bastante quando li sobre um cara que teve toda a sua coleção removida por descumprir as regras do Steam. Tudo bem que, ao que tudo indica, esse cara estava vendendo cópias pirata dos jogos que comprou no Steam, mas fato é que eles tinham poder para remover toda a biblioteca digital desse fulano.

Minha coleção de jogos é assustadoramente alta. Me sentiria um idiota perdendo acesso a eles

Depois de pesar tudo, cheguei à seguinte conclusão: confio no serviço e confio em Gabe Newell (CEO e dono do Steam). A praticidade e os ótimos preços/ promoções justificam os perigos. Como não pretendo piratear nada, meu medo seria se eles quebrassem e o serviço deixasse de existir - levando pelo ralo todos os meus jogos).

Fato rápido: Steam é especialmente interessante no Brasil. Aqui, jogos de PC pagam impostos de Software. Jogos de vídeo-game pagam impostos de jogos de azar - por isso o mesmo jogo custa R$ 200 no vídeo-game e R$100 no PC.

Agora, um exemplo prático de como o tiro pode sair pela culatra.

O aplicativo Comixology é considerado o Steam dos quadrinhos: acesso fácil e rápido à uma imensa biblioteca digital de quadrinhos. Constantes promoções. Facilidade para comprar e ler o que quiser com um clique, possibilidade de levar a biblioteca toda no meu pequeno e leve tablet.

Gosto tanto do conceito que estava doando toda minha biblioteca de livros e quadrinhos para abrir espaço aqui em casa. Quadrinhos e livros, só no formato digital (Amazon e Comixology).

Pois bem: a Amazon comprou a Comixology. Antes de ontem recebi um e-mail de que o aplicativo deveria ser trocado por um novo - que não permite mais comprar quadrinhos pelo App, só pelo site deles. É um incômodo forçado sobre os usuários para fugir da taxa de 30% que os aplicativos pagam sobre transações feitas pela AppStore.

Tem uma cenourinha: $5 de brinde para calar a nossa boca


O que assusta são as letras miúdas: eles estão recomendando que todos os usuários façam Backup dos seus quadrinhos. E mais, a informação é de que podemos continuar lendo os quadrinhos pelo aplicativo - pelo menos por enquanto.

Temos aí bons indícios de que quem comprou os quadrinhos pelo aplicativo está prestes a levar chumbo. Quem confiava na política da Comixology dançou quando ela foi comprada pela Amazon. Sensação de segurança e confiança no serviço evaporando. Pepino pra todo lado.

Lendo alguns comentários sobre essa notícia, gostei desse aqui que diz o seguinte:

(Risos) Imagina se uma empresa entrasse na sua casa e dissesse 'pode empilhar todos os quadrinhos que você comprou da gente... vamos deixá-lo ler dessa pilha por enquanto'.

Você provavelmente chamaria a polícia, não?


domingo, 27 de abril de 2014

Referência bem nerd: escavação das fitas de ET para Atari

No início dos anos 80, o Atari dominava praticamente sozinho o mercado de consoles. Com isso, a relação com desenvolvedores e programadores da época era quase intrínseca: se você quisesse participar do mercado de consoles, teria que estar no Atari.

O Atari lá de casa era assim, só que mais surrado


Isso atraiu muita gente - ou melhor, todo mundo. Gente boa, e gente bem ruim.

Era uma época sem internet e com poucas fontes de informações sobre jogos. Grande parte das escolhas eram feitas com base no nome do jogo e na arte da capa.

Com uma orientação tão simples, era fácil tapear os consumidores. Naturalmente, surgiram jogos baseados em franquias importantes da época. Porcarias como Super Homem, Homem Aranha e Guerra nas Estrelas eram lançadas no Atari sem nenhum critério de qualidade. As chances de venda, baseado apenas no nome da capa, eram grandes.

Você comprava o jogo vendo isso

Depois de ligar a TV, sintonizar o canal 3 (que mostrava chuvisco verde com chiado), resolver o mau contato do transformador, assoprar a fita e finalmente fazer o jogo funcionar, tinha que se contentar com isso

Tive o desprazer de jogar esses 3 nos anos 80. Os jogos não faziam nenhum sentido e não tinham graça. E muito lixo foi produzido e vendido para o Atari dessa forma.

Com o tempo, o mercado começou a ficar mais atento.

Nessa, surgiu o jogo do ET (o filme que foi um sucesso estrondoso nos cinemas). Também tive a infelicidade de jogar esse na época - a única coisa que evocava o filme era a musiquinha de entrada.

Existem rumores de que o programador do jogo teve apenas semanas para, sozinho, fazer um jogo que a Atari esperava vender muito bem. Não foi assim, o jogo foi um fracasso e a companhia ficou com mais de 700 mil fitas encalhadas nos seus depósitos.

Com isso surgiu o mito de que esses cartuchos foram enterrados em algum lugar do deserto, pois a empreitada não justificariam sequer o seu custo de armazenamento.

Um documentário está sendo feito sobre o tema, e o mito foi confirmado como verdadeiro: as fitas foram recentemente desenterradas em Alamogordo, Novo México.

Bem feito para a Atari. Pena que a lição não nos livrou de continuar recebendo lixo baseado em filmes nos vídeo-games, mas acho que eles estão mais atentos com o nível da porcaria que vão nos empurrar goela abaixo.





Mais fotos e mais detalhes da escavação estão aqui:
http://www.polygon.com/2014/4/27/5658930/atari-et-landfill-found-excavation-dig-new-mexico

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Que tal se afogar?

Esse joguinho, ou vídeo interativo, é sobre se afogar.

http://sortieenmer.com

- Bom divertimento

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Star Wars: The Lost 1980's Anime

Da mesma família do Harry Potter + Akira, tem esse de Star Wars.






Destaque para o Vader se transformando em escorpião, uma referência ao primeiro joguinho de Star Wars no velho Nintendinho.



Ainda bem que os anos 80 terminaram!

Harry Potter e Akira

Harry Potter Cyber Punk Adventure: The 1980's Anime







Parece que tem outras referências além de Harry Potter e Akira, mas as de Akira são mais evidentes. Bom videozinho!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sinto falta dos cRPGs - RPGs de Computador

Dentro do segmento de RPGs existem os RPGs ocidentais, e dentro deles os Computer RPGs - um gênero marcado pela visão isotmétrica e estilo estratégico, com mecânicas de jogo bem profundas.

Imortalizados pela Bioware com clássicos como Baldurs Gate (baseado em Dungeons & Dragons) e Knights of the Old Republic (baseado em Star Wars), evoluíram para os RPGs da última geração Dragon Age e Mass Effect.

Baldurs Gate: definição de cRPG clássico

A Bioware decidiu abandonar as licenças, que provavelmente custavam fortunas, e criou seus próprios universos espaciais e de fantasia: ao invés de Star Wars, Mass Effect. Ao invés de D&D, Dragon Age. O sucesso foi imenso, especialmente de Mass Effect - o que chamou a atenção da EA (Electronic Arts) para a compra da Bioware.

Até aqui, tudo muito bonito.

O problema é que a Electronic Arts é famosa por pegar franquias amadas pelos fãs e tentar torná-las mais rentáveis. Para isso, introduz elementos dos jogos mais populares do momento em tudo quanto é jogo. Algumas vezes funciona, a maioria das vezes não.

A EA pegou Syndicate, um jogo assim ^. E fez ele assim:



Nessa última geração, a farra foi transformar várias franquias em jogos de tiro - gênero mais cobiçado pelos números (e lucros) impressionantes de Call of Duty.

Isso ficou mais evidente em Mass Effect, que passou de um RPG com alguns elementos de tiro a um jogo de tiro em terceira pessoa com pouquíssimas características que lembrassem um RPG. A progressão dos personagens foi ficando cada vez mais simples e linear, e o estilo de jogo cada vez mais rápido - focado em ação e não em estratégia.

Ação em Mass Effect 1 tinha mais elementos dos RPGs clássicos da Bioware do que de jogos de tiro. Posicionamento e uso sinérgico de poderes e habilidades tinham um peso maior do que a pontaria

Toda essa choradeira acontece porque ontem mostraram o vídeo do próximo Dragon Age. Essa é a franquia que se manteve mais próxima do que seria um cRPG clássico, e fez muito sucesso com isso na geração passada.

Não me leve a mal, o jogo parece lindo e a história deve ser bem interessante - como foi em Dragon Age Origins e, em certa medida, Dragon Age 2. Mas pelo que vi, o estilo de jogo está ficando bem parecido com o Witcher 2, outro campeão de vendas.



Não tenho dúvidas de que vou jogar Dragon Age Iquisition, e acho que vou me divertir com ele. Mas quando bater aquela vontade de jogar um cRPG, vou ter que reiniciar o Dragon Age Origins ou outro jogo mais antigo.

Pra finalizar, aqui vai uma ironia: o iPad (que vivo criticando) tem trazido boas opções nesse sentido, com os cRPGs clássicos: Star Wars KOTOR, Baldurs Gate e um achado espetacular chamado Avadon (estou evoluindo bem devagar nesse jogo, mas já deu pra ver que é bom).

- Bom divertimento

terça-feira, 22 de abril de 2014

House of the rising sun pela torradeira

Máquinas velhas sempre têm mais espírito e personalidade do que as novas. A prova é esse vídeo: um monte de tralha tocando House of the rising sun.



domingo, 20 de abril de 2014

Saga - análise de HQ

Fuçando pela Comixology (aplicativo de quadrinhos, altamente recomendado pra quem curte a nona arte) e tentando achar alguma coisa interessante, vi uma série em promoção que ganhou o prêmio Will Eisner. Nunca tinha ouvido falar, mas decidi tentar.

O nome do quadrinho é Saga. E que beleza de quadrinho!

A primeira coisa que chama a atenção é a arte. Incrível. Depois de um tempo longe dos quadrinhos e perto dos vídeo-games, gostei de ver um trabalho tão caprichado. Várias vezes parei para admirar uma paisagem ou personagem. Algumas cenas parecem aqueles conceitos artísticos usados em novos jogos ou projetos de filmes, de tão bem feitos.



Não são só bem feitos. Os traços e cores são carregados de personalidade, com linhas limpinhas e combinações de cores de cair o queixo.

A história também é muito boa. Se passa num cenário fantástico e espacial ao mesmo tempo, numa combinação bem interessante de criaturas e temas que lembra os bons tempos do quadrinho Heavy Metal (só que bem mais ameno na putaria).

O desenho a seguir pode parecer uma contradição com a promessa de pouca putaria, mas essa cena parece um conto de fadas da Disney se comparado à Druna do Heavy Metal, por exemplo. E acho que mostra o lado inesperado, quase bizarro, de alguns personagens e cenários.



Confesso que o escopo é meio grande logo no começo, com muitos personagens sendo introduzidos o tempo todo. Mas a trama não chega a ser complicada demais em nenhum momento: começa com o nascimento do filho de um casal de espécies diferentes, sendo que as duas espécies estão em guerra. 

Os povos naturalmente não aceitam o acontecido, vêem a criança como uma afronta e iniciam uma caçada. Simples.


O texto está em inglês, não sei se esse quadrinho foi traduzido em algum momento.

Acabou sendo uma boa decisão não trazer o vídeo-game para a páscoa, que foi o que me motivou a experimentar esse quadrinho. Vou até dar uma investigada no que mais esses artistas fizeram.





Saga ainda está em promoção na Comixology enquanto escrevo isso aqui. São 16 quadrinhos a US$ 0,99 cada. Comprei 3 volumes com todos, que tem um preço um pouco menor. 

Se entendi bem, o primeiro quadrinho é de graça pra ver se você gosta antes de desembolsar algo. Se parece algo que te interessa, vale dar uma checada.

- Bom divertimento

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Análise Monument Valley - iPad

Essa semana joguei o Monument Valley, game novo e muito celebrado no iPad. A palavra genial foi usada várias vezes para descrever esse jogo.

Pra mim, caiu na situação típica do iPad: uma plataforma complicada para jogos que, quando funciona, parece gerar um nível desproporcional de excitação.

O jogo é bom e bonito. Os puzzles usando a 'geometria impossível' são bem interessantes, apesar de serem bem simples - só a última fase exige mais cérebro para resolver o quebra-cabeça.



A música é relaxante, mas achei meio chata - tem uma atmosfera Zen que agrada muito os Hipsters, mas me incomodou um - pouco principalmente no final, quando o quebra-cabeça é mais longo.

Achei que essa parte com o Toten tem os melhores quebra-cabeças

Uma qualidade é que o jogo é bem curto - terminei em dois tapas.

Na minha opinião, é um jogo que funciona no iPad, o que é legal. Se vale a pena? Apesar de gostar de jogos curtos, acho um pouco caro para o que ele oferece (custa US$ 3,99). Por esse valor, você pega coisa melhor em plataformas tradicionais.

Para quem só joga no iPad, acho que vale a pena. É um jogo legal. Só que deixa aquele gostinho de jogos do iPad - uma sacadinha descolada que toma proporções um pouco exageradas.

Acho que fiquei de mau humor por ler tanto que o jogo é genial. Não é genial. Mas é bom e muito bonito. É que sou cabreiro com jogos do iPad.

- Bom divertimento

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Jogo bom, música boa

A inspiração pra esse post foi o VVVVVV, que voltei a jogar no 3DS. As músicas desse jogo são monstruosamente boas.

Engraçado como jogos independentes capricham nas músicas. VVVVVV, Super Meatboy e Bastion são grandes exemplos.

Pra embalar o final de semana, segue uma de cada.


VVVVVV - Pushing Onwards


Super Meatboy - The Battle of Lil' Slugger (Ch 1 Boss)


Bastion - In case of Trouble

Hitman Go, FTL e Child of Light: jogos por turno = boa diversão

Abril está sendo um mês devagar para jogos. Não lembro de nada muito grande chegando.

Nesse contexto, minha atenção tem se voltado para as plataformas portáteis. Por ali tem muita coisa legal chegando.

Destaque para o iPad: essa semana peguei o espetacular FTL. É um roguelike espacial altamente viciante, além de complexo e difícil. Já tinha jogado muito no PC, e essa semana perdi uma noite de sono com a brincadeira no iPad.

iPad é cada vez mais forte para jogos de estratégia: Civ Revolution, XCom e agora FTL. O dia que Dungeons  of Dredmor chegar no iPad eu me rendo e nunca mais reclamo de ser uma plataforma casual


Semana que vem chega um jogo que me deixou bem curioso: Hitman Go, com mecânica de stealth/ furtiva por turnos. To bem ansioso pra ver como vai funcionar. Vai ser lançado pra iOS e para Android num segundo momento.

Jogo por turno + Stealth: pode ser bom


E no finzinho do mês, dia 30, chega para PSVita (além de outras plataformas) o Child of Light. Como minha preferência é sempre pelo portátil, estou colocando esse jogo na cesta dos portáteis.

O visual do Child of Light é lindo. Usa o engine UbiArt, mesmo que foi usado para os ótimos jogos do Rayman

Esse é um RPG com mecânica clássica e arte bem bonita. O último jogo do diretor desse RPG foi o Far Cry 3 - a melhor coisa que joguei na telona ano passado. Expectativa líder!

Vale tirar o chapéu para a Ubisoft. Já é o meu desenvolvedor favorito de games a alguns anos.

Enquanto isso, tenho jogado muito Fire Emblem no 3DS. Esse é uma obra prima até o momento, merece uma análise mais profunda depois - quero escrever assim que terminar o jogo.

Acho que a conclusão desse post é que jogos por turno estão em alta na minha lista.

- Bom divertimento

Mestre de Jogo online

Bohemia Interactive, estúdio por trás da série de tiro Arma (base pro aclamado jogo de zumbis Day Z), acabou de lançar um complemento bem interessante pro Arma 3.

O nome do DLC é Zeus, e permite que um participante seja o maestro da partida. Entre outras coisas, ele pode mudar a música e o clima atmosférico dos embates online. Melhor ainda, o complemento é de graça. É o tipo de inovação que a gente geralmente vê primeiro no PC.



Tenho certeza que qualquer nerd já tinha pensado nessa possibilidade, mas acho que finalmente chegamos a um nível de maturidade das funções online que permitem esse tipo de experimento existir.

Resta saber se esse módulo vai ser divertido para o Mestre de Jogo e também para os jogadores.


Fonte: Polygon
http://www.polygon.com/2014/4/11/5604106/arma-3s-game-master-zeus-dlc-is-now-available

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Honest Trailers - Game of Thrones [SPOILER]

Honest Trailers é a melhor série de um grupo do You Tube chamado Screen Junkies. O canal é divertido, mas esses trailers são os melhores.



Esse do Game of Thrones é sensacional.



Cuidado! Só veja esse vídeo se já tiver assistido as 3 temporadas de Game of Thrones.







- Bom divertimento

Primeiras análises da Fire TV

Estão saindo as primeiras análises da Fire TV que a Amazon lançou recentemente.

Pra encurtar, parece fazer a mesma coisa que todas as outras com pequenas diferenças:

:-)
- Busca por voz no controle remoto funciona direitinho
- Performance razoável para jogos (roda Minecraft)


:-(
- Não tem HBO Go
- Não tem wi-fi (essa doeu)


A maioria dos reviews são positivos, mas não achei grande coisa

Meu veredicto: passada a curiosidade inicial, não vi nada que despertasse meu interesse. Algum jogo matador poderia mudar isso, mas não acho provável que algum chegue logo.

Será que algum dia o Vita TV vem pro Ocidente? Eu compraria um desses ao invés do Fire TV num piscar de olhos.


Um desse pra levar em viagens mais longas seria sensacional. Hoje tenho que levar uma mochila só pro PS3 se quiser jogar com meus sobrinhos do interior

O Vita TV também custa 99 dólares, tem os aplicativos de mídia (Netflix, YouTube)... mas só tem no Japão e só roda jogo Japonês. É travado por região, então não dá nem pra importar um. Quem sabe isso não muda mais pra frente?

Borderlands 2 para Vita está chegando

Logo mais vai dar pra jogar Borderlands 2 para vita, com direito a cross save (compartilhar o arquivo salvo entre PS3 e Vita - começa no PS3 e continua no Vita).

Já terminei esse jogo no PC e no PS3, estou pronto para uma terceira rodada. Estava aguardando ansioso pela chegada dessa versão portátil do jogo, que mistura as minhas 3 características preferidas no mundo dos jogos  -tiro, RPG e portátil.

Os primeiros relatos eram preocupantes: quem viu a performance inicial do jogo mencionou graves problemas - jogo travando, engasgando, com framerate bem baixo quando a ação começava ficava mais intensa.

Uma versão melhorada do jogo foi mostrada novamente, e parece que há motivo para otimismo: framerate girando em torno de 30 quadros por segundo, o que é bem aceitável. O maior problema relatado é o longo tempo para carregar os cenários, o que é desagradável mas aceitável.

Segue o link para o Preview de Borderlands 2 rodando no Vita.

http://www.ign.com/videos/2014/04/08/your-first-look-at-borderlands-2-on-ps-vita

Algumas dificuldades com os controles ainda são mencionadas (uso da tela e do painel de toque traseiro para compensar o fato que o Vita tem menos botões). Esses recursos nem sempre funcionam muito bem, mas a boa notícia é que os controles podem ser personalizados de acordo com a preferência de cada jogador.

A previsão é que o jogo seja lançado no meio do mês que vem, dia 13 de maio.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Microsoft tinha razão

Quando os dois consoles de nova geração foram anunciados no final do ano passado, acompanhei tudo de perto. Assisti as conferências da Sony e da Microsoft com atenção e uma saudável dose de entusiasmo.

Como muitos, ridicularizei o posicionamento da Microsoft - com muito foco em mídia e pouco foco em games. Fiz coro com os demais e bradei: estamos aqui pelos jogos, não pelas demais bobagens.

A transição entre jogos e o programa de auditório virou motivo de chacota  entre gamers

Quando os dois saíram no Brasil, acabei comprando um Xbox One apenas porque o preço do PS4 estava  proibitivo. Como inicialmente detestei o Kinect (falo mais disso em outro post), logo quis vender o Xbox. Algumas circunstâncias me impediram, além do desejo de jogar um pouquinho mais dos bons exclusivos Forza e Dead Rising 3.

Pouco depois acabei cedendo ao PS4. Sendo um fã do Vita e já assinando PS+, achei que seria minha escolha natural.

Hoje, depois de alguns meses com os dois consoles, tenho que admitir: a Microsoft tinha razão.

Ligo meu Xbox com muito mais frequência do que o PS4. É onde compro mais coisas - jogos, filmes, seriados e até games de Kinect para sacudir o esqueleto. Acabo recorrendo ao PS4 apenas por algum jogo específico. Assim que termino, ele volta a dormir e o Xbox continua reinando na sala.

Todas as temporadas de Two and a Half Men? Dentro!


Curiosamente, é a função de mídia que faz meu Xbox funcionar mais. Além do Netflix, já juntei alguns bons filmes e seriados no Xbox Vídeo. Na dúvida do que vou fazer, ligo primeiro o console que me oferece mais avenidas para a diversão.

O Kinect, apesar de ainda ser muito impreciso, eventualmente colabora em alguns comandos simples como iniciar um aplicativo ou pausar um vídeo quando estou com as duas mãos ocupadas (tenho um bebê em casa e os seriados do Xbox Vídeo são bons companheiros na madrugada).

Foto meramente ilustrativa


Claro que esse contexto só faz sentido no Brasil - minha conta Brasileira do Xbox dá acesso a filmes e seriados, minha conta americana da PSN não.

Além disso, por enquanto, acho os exclusivos da Microsoft melhores do que os da Sony. Achei Killzone apenas razoável e não consegui me ligar muito na série InFamous (por isso ainda não experimentei o de PS4). Achei Dead Rising 3 e Forza muito bons, e Ryse é bom. Titan Fall não é minha praia, mas é considerado o melhor jogo da nova geração até o momento.

Forza é tão bom que me fez voltar a gostar de jogos de corrida depois de muito tempo longe desse gênero

Não me leve a mal, o PS4 ainda é um ótimo brinquedo: o controle é espetacular, jogos de estúdios terceirizados têm tido melhor performance ali (Tomb Rider e Metal Gear), e meus amigos fazem parte do ecossistema Playstation. É a caixa definitiva para jogos. A questão é que a boa diversão vai muito além disso.

Quem diria que tão cedo eu daria o braço a torcer para a Microsoft nesse front? Fico torcendo para ter mais boas surpresas pela frente. Quem sabe eles não arrumam o Kinect até o fim dessa geração?

- Bom divertimento

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Amazon lança Fire TV

Amazon mostrou essa semana a Fire TV, mais uma caixa para fazer streaming de conteúdo na TV.

Peter Larsen, VP da Amazon, mostra a Fire TV


O que chamou minha atenção foi o controle para games (vendido separadamente). A primeira função da Fire TV é como caixa de mídia (parecido com Apple TV e Google TV), mas o desenvolvimento do controle mostra que ela tem um pouco mais de foco em games (sendo então comparável ao OUYA, também baseado em Android).

É botão que não acaba mais


Já havia muita especulação sobre algum hardware da Amazon focado em games: a imagem do controle já tinha vazado através do site da ANATEL (Brasil sempre estragando a surpresa). Além disso, a Amazon comprou em Fevereiro o estúdio de games Double Helix, que fez o Killer Instinct para Xbox One.

Ela já está a venda nos EUA por 99 dólares - se vier ao Brasil, suponho que deva chegar por 400 reais (mesmo preço da Apple TV, que também custa 99 dólares lá fora).

Como qualquer gamer, já tenho um milhão de aparelhos que associam mídia como Netflix e games: Xbox One, PS4, PS3, Apple TV - fora Tablets e Portáteis. Vale esperar pra ver se sai coisa boa o bastante para justificar a compra de mais um desses. Será que a Double Helix tem pedigree para cumprir essa missão?

Fazer um jogo tão bom que torne a Fire TV 'obrigatória' pra games não é fácil - especialmente considerando que os jogos devem custar na faixa de 2 dólares (preço de jogos casuais de celular).

Se reduzirmos a concorrência apenas às caixas de mídia (Apple TV e Google TV), o controle me deixaria tentado a escolher a Fire TV. Fora isso, por ser uma caixa mais recente, a Fire TV tem mais potência gráfica do que os demais - inclusive Ouya.

Vita TV e agora Fire TV são duas caixas conceitualmente muito parecidas com o Ouya, que chamou a atenção pela fortuna que levantou no Kickstarter. Será que eles vão ter bala pra brigar com tanta gente forte?


A presidente do Ouya, preocupada, já saiu em defesa do seu brinquedo - alegando que o Ouya é pensado para jogos primeiro, e para Amazon os jogos são secundários, um bônus, algo a mais.

Antes de mais nada, o negócio é esperar pra ver se a Fire TV vai ser lançada na terra verdejante onde canta o Sabiá.

- Bom divertimento

Curtas

Descobri uma sessão no iTunes de curta metragens.

Sendo um grande fã de qualquer entretenimento curto, fiquei animado. Adquiri dois filmes por preços camaradas (cerca de 2 dólares cada) e me preparei para a diversão.

Não gostei.

Assisti o premiado Borderland e outro que pareceu interessante - the man who married himself.

Borderland é interessante o bastante pra justificar o tempo empregado - mas não o dinheiro. Os atores são bons e a direção de arte é bonita. A história é razoável. Mas é muito, muito raso.

Achei médio


O homem que casou consigo mesmo é ruim. É um humor britânico bem cretino, forçado. É uma piada (casar consigo mesmo) que se repete durante todos os longos minutos que o filme dura. Um curta que não justifica os minutos investidos - quiçá os trocados pedidos na entrada.

Achei ruim


Conclusão:
Na minha opinião a conta não fecha, não faz sentido pagar por um conteúdo assim. Fiquei pensando em como me diverti bem mais com as sessões de filmes de 5 segundos do YouTube.

Pra não terminar o dia sem uma boa diversão, aproveite a sessão de filminhos abaixo.

Achei bom

- Bom divertimento

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Jogos que não entendo

Já se deparou com um jogo consagrado pela crítica, mas que você não consegue entender qual a graça?

O pior é que não me dou bem com essa situação. Fico extremamente frustrado quando isso acontece. É como se eu estivesse numa festa, mas fosse tímido demais (ou idiota demais) pra conseguir me divertir. E ver toda a diversão alheia dói.

Aqui vão os jogos que não entendo - ouço falar que são obras primas, mas não consigo compartilhar daquela diversão.

Deus ex human revolution
- Tinha tudo para ser um jogo do meu jeito: RPG ocidental que mistura tiro e universo ciberpunk. Mas a verdade e que não suporto aquele visual laranja, achei a história esquisita e os mapas péssimos de serem navegados. Fora isso, nunca consegui realmente usar a mecânica de stealth - uma modalidade de jogo que geralmente gosto.


Estética amarela


Persona
- Já joguei 20 horas de Persona 4 no PSVita, e ele é considerado o melhor jogo de Vita até hoje. A verdade é que ainda não sei o que estou fazendo no jogo... fico esperando o momento em que o jogo vai começar a fazer sentido, mas ainda não aconteceu. Como sou fã de jRPG, fico ainda mais perplexo.


Depois de mais de 20 horas ainda não sei onde vamos chegar com tudo isso. Só consigo entender as dungeons, todo o resto é mistério


Pokemon
- Quando joguei a primeira vez no Game Boy, lembro de ficar viciado por alguns dias. Como o Game Boy não era meu, acabou logo e fiquei desesperado para uma chance de jogar de novo. Muitos anos depois disso tive vários dos novos Pokemons, que aparentemente são o mesmo jogo. Não consigo mais achar graça nos Pokemons, no universo em que eles estão, na história, nas mecânicas de jogo... nada. 

Dont Starve, Minecraft e Terraria
- Três caso que não entendi a graça do jogo. Fazer fogueiras, afastar monstros e combinar coisas e ingredientes sempre pareceram trabalho - um trabalho chato. Sei que vídeo game significa resolver problemas desnecessários, mas além de desnecessários eu não consegui ver graça em habitar nenhum desses mundos. Coloquei boas horas em cada um desses jogos (pelo menos 15 horas em cada) e sempre ficava me perguntando: quando alguma coisa vai acontecer?


Uaaawn, que tédio


Cave Story
- Esse não chega a ser chato, mas nunca entendi porque é tão consagrado. Parece uma cópia triste e mais fácil de Mega Man. Vou comprar uma cópia no 3DS para tentar engrenar o jogo mais uma vez.

Fez
- Sempre que inicio mais uma sessão de Fez, tentando entender qual a graça do jogo, lembro do criador Phil Fish fazendo uma auto crítica em um momento do documentário Indie Game: "Não acontece nada no Fez". 

Uma pena não conseguir me interessar por Fez - a estética do jogo é fenomenal


Titanfall
- Esse foi estranho porque gostava de Call of Duty, mas achei o mundo sem graça. Achei os titãs fracos. Achei mais do mesmo. Adoro jogos de tiro e esse jogo é adorado por quem gosta do gênero, mas não funcionou pra mim.


O meu maior drama com esses jogos é que muitos outros, depois de um tempo, clicaram comigo e me fizeram ver como são jogos geniais (e eu me sinto um idiota por não ter visto antes). São jogos que geralmente escondem o melhor debaixo de uma camada que não está evidente à primeira vista.


Aqui estão os jogos que me fazem voltar de tempos em tempos para a lista acima, para ver se finalmente consigo ver a graça nas 'obras primas' que não consigo entender.

Castlevania e Borderlands
- Mecânicas muito simples de ação, levou um tempo até eu desvendar a profundidade dos elementos de RPG que estão nesses jogos - que é o que dá personalidade a eles

Dungeons of Dredmor, Binding of Isaac e FTL (Faster than Light)
- Tenho mais de 200 horas no primeiro e muitas, muitas horas no segundo e terceiro. Os 3 são roguelikes - estilo de jogo difícil. 
Demorou pra eu entender que as mortes não eram fonte de frustração ou design de jogo defeituoso - e sim parte da graça do jogo, que te faz refinar sua estratégia. É nesse momento que você entende a profundidade e as variações desses jogos que a princípio parecem muito simples.

Cada morte é uma pequena lição, e antes que você perceba lá se foram 200 horas e você tem um nível de domínio absurdo das  mecânicas de jogo

Jamestown e A Space Shooter for 2 bucks
- Dois jogos de tiro bonitos, também parecem simples (e ridiculamente difíceis) a princípio. A diversão está em desbloquear melhorias que alteram o estilo do jogo. 

Talvez o multiplayer de Call of Duty pudesse estar nessa categoria


Threes
 - Esse jogo é relaxante e simples, mas também leva um tempo para você ver todas as implicações de cada movimento - e o quanto você pode interferir nos resultados de cada partida.

- Bom divertimento

terça-feira, 1 de abril de 2014

Análise do Documentário Cidade Cinza

Essa semana saiu no iTunes o documentário Cidade Cinza. Um belo filme que merece ser visto, especialmente pra quem for de São Paulo.



O tema é o grafite, e o pano de fundo é o caos urbano e arquitetônico da capital Paulista.

Os personagens do filme são grafiteiros já renomados, mas que preservam o lado transgressor do grafite - e essa é provavelmente a parte mais interessante do filme.



Destaque para as entrevistas com os funcionários da prefeitura que andam pelas ruas cobrindo os muros com tinta cinza - um flagrante da simplicidade de quem vai decidir o que fica e o que sai da rua.  É um retrato totalmente autêntico do conflito filosófico entre grafiteiros e a sociedade tradicional mais conservadora. Dá raiva, mas também dá dó.



O único ponto negativo que vi é que, em alguns momentos, os grafiteiros têm aquela postura típica de artistas transgressores - um saudável desprezo pela sociedade tradicional (até aqui tudo bem) que vem junto uma certa pretensão. Mas não foi nada mais do que um incômodo sutil pra mim.



De forma geral os caras são carismáticos, têm o que dizer sobre a cidade e, acima de tudo, são talentosos e interessantes.



O filme é enxuto (1h19m) e bem produzido. Assisti sem saber muito o que esperar e gostei bastante. Recomendado.

Bom divertimento.